3 -Tudo se pode explicar e (quase) tudo se pode aprender…

Diapositivo6

_______________________Pense bem!__________________________________________________________________________________folha 4

…mesmo quando se é um animal de estimação…

cãozinho com audiophonesNo caso vertente, é forçoso reconhecer que o formulário apresentado no Diário da República é impróprio para consumo porque não tem as características de um impresso clarinho.

Claro que a tal obriga a norma de texto de que se trata.

A pertinência da minha tarefa partiu do pressuposto que os magníficos funcionários admninistrativos que vão receber, para já, o meu Testamento Vital,  não vão obstaculizar  o processo na base de uma bizarra argumentação forjada, no momento, em cima do joelho. Eu conto, depois de lá ter ido.

Básico é não esquecer que este exercício foi feito no quadro de prevenir, ao máximo, o sofrimento dos morituri

João Semedo deixou escrito «morre-se mal em Portugal».Eu não quero morrer mal,nem em um hospital,nem «ser desligada» quando outros, que não eu nem ninguém comigo relacionado, determinar.

Na década de setenta, o meu imoderado interesse pela antropologia social, levou-me a assistir a um filme que, se não me engano, se intitulava Ice. (Não garanto que seja este… mas era muito semelhante) Meio documentário, quase mudo, mostrava o modus vivendi tradicional dos Esquimós no Norte do Canadá. Havia, entre as personagens, uma anciã que declara, quando o grupo se prepara para retomar a marcha, que já não o acompanhará.

E justifica-se: os seus dedos já estão demasiado deformados para preparar os alimentos, já tem dificuldade em caminhar e já não tem dentes para curtir as peles e fabricar vestuário.

As suas alegações são aceites pacificamente pelo grupo. A velha mulher fica sozinha, sentada no meio da neve. Ali morrerá, sozinha. 

A fechar o filme, o realizador mostra a comunidade esquimó a afastar-se, deixando a idosa para trás.
Não é filme que se esqueça.

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